segunda-feira, abril 12

Ser - sem bloqueios

 
Enquanto seres humanos fomos ensinados a viver separados da nossa consciência suprema, una, se assim quiserem chamar.
Quando ainda não tomámos consciência (minimamente) de nós próprios e de que há algo maior do que os nossos pequenos eus, sempre tão atabalhoados pela vida procurando desenfreadamente satisfazer os mais pequenos desejos de forma material, e sem perceber que essa busca exterior se dá por carência interior, as coisas acontecem-nos e atribuimos culpas aos outros, ao destino ou a Deus.

Depois, se já crescemos um pouco e passamos a ter um pouco mais de consciência, e aprendemos que somos os responsáveis por tudo o que nos acontece, passamos horas a pensar o porquê de nos terem acontecido coisas. Outras vezes ainda neste estado continuamos a atribuir as "culpas" a algo ou a nós próprios, porque teve que ser assim e porque isso me incapacitou, e porque foi que isto me aconteceu, e porque certamente atraí isto para a minha vida para... e blablabla....

Estamos permanentemente num diálogo mental que nos tira de dentro de nós mesmos, daquele lugar de Paz, daquela quietude que nos permite simplesmente...

... O.B.S.E.R.V.A.R...

Poderão fazer as mais diversas perguntas:
- Observar, como assim?
- Mas como faço isso?

Vamos fazer de conta o seguinte.
- Colocamos um cenário:
Uma plateia de um espectáculo, seja ele teatro, cinema, concerto musical, jogo de futebol, um qualquer.

- Colocamo-nos na cena:
Sentamo-nos numa poltrona na plateia a ver o desenrolar da acção.

Se for uma acção que mexa profundamente connosco próprios envolvemo-nos emocionalmente, se for uma ópera podemos chorar ou rir, num futebol podemos gritar, praguejar, num musical podemos cantar, etc...
Enquanto estamos emocionalmente envolvidos na cena, não conseguimos perceber (salvo uma excepção) que estamos envolvidos, e a viver aquilo como sendo nosso.
Se nos destacarmos da cena, e observarmos como algo que se passa exteriormente a nós, sem nos tocarmos emocionalmente, somos simplesmente, observadores (esta era a excepção de há pouco). E podemos viver as coisas (dançar, cantar, rir, chorar) mas destacados delas... :)

No primeiro caso, podemos sair perturbados, enervados, alegres, sorridentes, chorosos, e com qualquer estado emocional que nos tenha assolado a cena.
No segundo caso, podemos sair com o mesmo sorriso com que entrámos, porque o sorriso é interno. Há uma satisfação interna de quietude, mental e emocional que nos permite percepcionar que o que estamos a viver é exterior a nós.

Parece complicado, porque tendemos a identificar-nos com quase tudo o que nos acontece, mas se ficarmos como observadores da cena, ela passa, porque não fixamos a nossa atenção e não colocámos lá a nossa energia, ou seja, não bloqueamos ainda mais a parte de Vida que somos do Todo.

Deixo um video bastante elucidativo.
Onde diz cc na janela do video, escolham as legendas em português.

- Mooji - No Blockage for Being -



Onda Encantada

5 comentários:

Marisa Borges disse...

Ondinha

pois é...mas faço uma pergunta: LOL

onde está a experiência nisso? Que tipo de vida será essa onde não há ligação com o que se vive?

Acho que devemos viver a vida com essas emoções mas com a consciência de que elas não me causaram a emoção, mas sim eu permiti que a emoção se manifestasse. Que aceitei viver aquela emoção em mim e fora de mim. Afinal se não fosse para experimentar a 3D não teríamos um copro, não?

Bejufas

Onda Encantada disse...

Querida Shin,

Essa pergunta é muito muito interessante, mas eu não falei em não viver as emoções! eheheh

"E podemos viver as coisas (dançar, cantar, rir, chorar) mas destacados delas... :)"

Ou seja, podemos viver tudo mas sem nos agarrarmos, ou ficarmos identificados com a cena... c'est à dire, vive e deixa morrer ehehehe...
Isto é, vive, mas não te identifiques com aquilo, vive mas não fiques agarrado a algo que já passou.

Até porque, precisamente, viemos à 3D experimentar (já deves ter percebido que sou apologista disso), mas experimentamos 1x para testar o sabor, e se não gostamos e continuamos a experimentar, é porque há qualquer coisa que não estamos a aprender, ou com a qual, enquanto não observadores, nos continuamos a identificar ;)

Às vezes é complicado explicar este tipo de coisas, mas vou-te contar um pouco de uma conversa que tive ontem, relativamente à identificação das pessoas com as cenas, eventos, coisas, etc.

Eu falava qualquer coisa de como o carteiro aqui da rua é uma simpatia, e dava vários exemplos em como o senhor já tinha prestado o seu serviço de forma agradável e não se limitando simplesmente a entregar as cartas no correio, mas prestando mesmo serviço à comunidade e sempre com um sorriso(lembrando-me de uma situação em que eu não me podia deslocar e lhe pedi o favor de me trazer uma encomenda que eu esperava), e nisto, há alguem que na conversa diz logo, "pois, mas isso também há para o mal", e começa a contar uma outra historia de um carteiro que roubava a reforma de um senhor porque sabia que era naquele dia que chegava.

E eu parei, e disse, "pois, diz-me, se estiveres a admirar uma flor muito bela, e de repente reparares que tem lagartas, ficas preso às lagartas ou à flor?"

Contei isto para falar da questão da identificação com as coisas. E o ego procura identificar-se sempre com algo.
Se conseguirmos mantermo-nos como observadores, sem retermos aquela coisa para nós, conseguimos um maior estado de quietude e paz.

Got it? ;)

Bjufas que esta resposta já vai longa (puf puf, quase dava outro post) eheheh...

Gostei da tua pergunta ;)

Unknown disse...

Wow :)

Tanto o post como os comentários são uma luz reflexa no belo lago da vida eh :P

boa boa :D

Jeferson Cardoso disse...

Olá Onda Encantada! Esta semana estou divulgando uma “nova” postagem. Trata-se de um conto; que na verdade vem a ser uma reedição de meu blog. Sua postagem original ocorreu em 13.02.09; sendo esta a minha terceira postagem no blog. Naquela ocasião este texto não recebeu nenhum comentário. O texto é “O Sr. e o Dr.”. Espero que você, tendo um tempinho, o aprecie.
Um grande abraço, minha gratidão antecipada!

Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

Vibratum disse...

Nice vid Wave !

Selos

EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR...
Cada passo do meu caminho para poder partilhá-lo contigo.