"Foi um processo longo e difícil, como sempre o são as aproximações entre duas pessoas habituadas a estarem sozinhas.
Primeiro parece fácil, é o coração que arrasta a cabeça, a vontade de ser feliz que cala as dúvidas e os medos.
Mas depois é a cabeça que trava o coração, as pequenas coisas que parecem derrotar as grandes, um sufoco inexplicável que parece instalar-se onde dantes estava a intimidade.
É preciso saber passar por tudo isso e conseguir chegar mais além, onde a cumplicidade - de tudo, o mais dificil de atingir - os torna verdadeiramente amantes."
Miguel Sousa Tavares
In Não te deixarei morrer, David Crockett
2 comentários:
Esta é talvez uma das minhas passagens preferidas de toda a escrita do MST. A cumplicidade é uma forma de linguagem subtil, acessível apenas a quem tem as mesmas referências na essência... o que permite descodificar até o pensamento antes de o ser. Intimidade (Íntima Idade) e cumplicidade... algo raro, tão raro... uma ponte para a eternidade. Um convite a dançar, descalços, sobre a linha do tempo... e festejar os dias...
Gostei deste post.
Ni,
Também eu, gosto muito desta passagem... quiçá... pelas mesmas razões. *sorrio*
É sim, na intimidade e na cumplicidade, no sentir primordial, que os seres, que o sentem, poderão manifestar a dança celestial da União Suprema intemporal. Onde Shiva e Shakti se unem na fusão cósmica, derramando assim todo o seu imenso Amor sobre o Universo...
E aqui, o Pai e a Mãe regozijam-se por ver cumprir-se um dos desígnios...
Grata pela visita.
Onda Encantada
Enviar um comentário