Não tenho nome
Sou como uma brisa das montanhas
Não tenho abrigo
Sou como as aguas ondulantes
Não tenho um santuário
Como os deuses negros
Nem sou a sombra em templos escondidos
Não tenho livros sagrados
Nem tenho tradições
Não estou nos incensos
nem nos altares,
Nem em pompas ou cerimónias
E também não existo em imagens gravadas
Nem nos ricos cânticos de melodiosas vozes,
Não estou preso a teorias
Nem corrompido por crenças.
Não estou preso a religiões.
Nem às agonias copiosas dos seus sacerdotes,
Não estou enredado em filosofias
Nem nos seus poderes sectoriais.
Não sou baixo nem alto,
Não sou adorador nem adoro.
Sou livre.
A minha canção é a canção do rio
A chamar pelo mar aberto,
Que vagueia, vagueia.
Eu Sou a vida.
A vida não tem uma filosofia
Nem um sistema astuto de pensamento.
A vida não tem religião
Nem adorações em santuários.
A vida não tem um Deus
Nem o peso de mistérios temerosos.
A vida não tem uma morada
Nem o suspiro último da dolorosa decadência.
A vida não tem prazer, nem dor,
Nem a corrupção do amor dependente.
A vida não é o bem nem o mal,
Nem o castigo severo dos pecados sem dono
A vida não dá conforto
Nem descansa nas malhas do esquecimento
A vida não é espírito nem matéria
Nem a cruel divisão da acção ou inacção.
A vida não tem morte,
Nem o vazio da solidão nas sombras do tempo.
Livre é o homem que vive o eterno.
Porque a vida
É.
Amo profundamente este texto... É para mim... a minha verdadeira fotografia... um auto-retrato.
... Do meu Eu mais profundo...
... Do meu sentir ... o pulsar da vida...
... Do meu sentir ... cada inspirar... e ... expirar...
... De cada piscar de olhos...
... De cada batida... do meu coração... em fluxo... e refluxo...
Junto ainda outro que também me é muito... caro ao coração...
Este é retirado do livro do Fernão Capelo Gaivota.
Na superfície do azul brilhante do céu, tentando a custo manter as asas numa dolorosa curva, Fernão Capelo Gaivota levanta o bico a trinta metros de altura. E voa.
Voar é muito importante, tão ou mais importante que viver, que comer, pelo menos para Fernão, uma gaivota que pensa e sente o sabor do infinito.
É verdade, que é caro pensar diferentemente do resto do bando, passar dias inteiros só voando, só aprendendo a voar, longe do comum dos mortais, estes que se contentam com o que são, na pobreza das limitações.
Para Fernão é diferente, evoluir é necessário, a vida é o desconhecido e o desconhecível. Afinal uma gaivota que se preza tem de viver o brilho das estrelas, analisar de perto o paraíso, respirar ares mais leves e mais afáveis. Viver é conquistar, não limitar o ilimitável. Sempre haverá o que aprender.
Sempre.
É assim... Sempre há o que aprender... e voar... sempre... para a frente e para cima!
E ainda porque amo esta Senhora - Lisa Gerrard a cantar... e acho fantástico a mistura com o Final Fantasy... até porque com esta parte do Final Fantasy, sinto-me retratada... um pouco, naquilo que vivi, naquilo que sou... naquilo que serei ... SÓ LUZ!
(Bom... não estou a contar com o final feliz dos principes e das princesas, where she meets he... and live happily forever... Para mim... LUZ!!! ... Regresso a casa)... tudo o mais...
*risos*
Melhor que isto... eheheh... talvez até conseguisse... mas agora não me apetece...
Onda Encantada