terça-feira, maio 29

Provas e embates da vida





No silencio interno do meu ser, procuro respostas para situações da vida que se me apresentam.
Vivências que tenho que experimentar, provas para passar, embates que tenho que enfrentar.

A minha resposta indirecta, ou antes a minha “não resposta”, perante outros, a algumas destas situações reside da mesma forma no mais interno de meu ser.

Não fujo, nem me aparto de embates e muito menos de experiências que me são propostas pela vida, e a minha “não reacção” aparente a algumas destas questões, prende-se com a forma como as soluciono dentro de mim.

Sem me escusar a vivênciar, transmuto em mim as energias que me são enviadas, transmuto em mim sentimentos que possam assolar-me e que não estejam de acordo com o Amor Maior.

No meu coração procuro a luz que ilumina o meu caminho e o daqueles que me tentaram barrar de alguma forma o meu percurso, e é assim que funciono. Limpo questões cármicas que possam surgir, limpo o meu caminho e envio amor, àquilo ou àqueles que tentam interpor-se contra aquele que sinto ser o meu percurso.

Este é o meu fluir. É em amor que sigo a minha vida, com a consciência porém que cada ser que se cruza comigo traz uma mensagem, uma partilha, uma vivência que me é de alguma forma necessária ao meu crescimento.

Por isso, resta-me agradecer ao céu, as pedras que me coloca no caminho. Estas pedras trazem-me crescimento, e uma coisa é certa, não as acarreto às costas como sentimentos de culpa, nem as guardo no meu coração como remorso, simplesmente porque essas Pedras, são transmutadas em amor.

E no meu coração, vibra amor.


Cachorro Cósmico Branco



“Quaisquer que sejam as mentiras em que possas acreditar, não dizem respeito ao milagre, o qual pode curar qualquer mentira com a mesma facilidade. O milagre não faz distinções entre percepções erradas. A única função dele é distinguir, por um lado, a verdade, por outro o erro. Alguns milagres podem aparentar maior magnitude do que outros. Mas lembra-te do primeiro princípio deste curso: não há nenhuma ordem de dificuldades em milagres. Na realidade, tu és perfeitamente intocável por todas as expressões de falta de amor. Elas podem vir de ti e de outros, de ti para os outros e dos outros para ti. A paz é um atributo em ti. Não podes encontrá-la do lado de fora. A enfermidade é alguma forma de busca externa. A saúde é a paz interior. A paz permite-te permanecer imperturbável à falta de amor externo e ser capaz de, através da tua aceitação dos milagres, corrigir as condições resultantes da falta de amor dos outros.”

Eu estou aqui só para ser verdadeiramente útil.
Estou aqui para representar Aquele que me enviou.
Não tenho de me preocupar com o que dizer ou o que fazer, porque Aquele que me enviou me dirigirá.
Estou contente por estar onde quer que Ele deseje, sabendo que Ele vai comigo.
Serei curado à medida que permitir que Ele me ensine a curar.




Texto retirado de Um curso em milagres



Este é o meu sentir...
Em paz existo e é paz que vos desejo também bem fundo no vosso coração.

terça-feira, maio 22

Signals to Her Heart


Out where the ocean beats its calm thunder
against grainy shores of quartz and sand,
she strolls, hands pocketed in a flowing gown
of pearl-like luminance.
I can see her with hair the color of sky's deepest night
when it whispers to the sun's widow
to masquerade as the sickle's light.


This is she.
The one who knows me as I am
though untouched is my skin.
The world from which she steps
pounces from mystery,
announces her calm beauty
like a willow tree bent to still waters.


In this unhurt place she takes her body
to the shoreline listening for sounds beneath the waves
that tell her what to do.
How great is her dream?
Will it take her across the sea?
Does she hear my heart's voice
before the translation?


She scoops some sand
with her sculpted hands and
like an hourglass the particles fall
having borrowed time
for a chance to touch her beauty.
Her lips move with prayers of grace as she tells
the wind her story;
even the clouds gather overhead to listen.
Her gestures multiply me
with the sign of infinity,
disentangled from all calculations,
adorning her face with a poetry of tears.



I am summoned by her voice
so clear it startles me.
I watch her because I can.
I know her because she is me.
I desire her because she is not me.


In all my movement, in the vast search
for something that will complete me,
I have found her
on this shoreline,
her faint footprints,
signatures of perfection
that embarrass time with their fleeting nature.
I am like the cave behind her
watching from darkness,
hollowed from tortured waves
into a vault that yearns to say
what she cannot resist.
A language so pure it releases itself
from my mouth like long-held captives
finally ushered to their home.


She turns her head and looks
past me as if I were a ghost unseen,
yet I know she sees my deepest light.
I know the ocean is no boundary to her love.
She is waiting
for the final path to my heart to become clear.
And I am waiting
for something deep inside
to take my empty hands
and fill them with her face
so I can know the rehearsals were numbered,
and all the splinters
were signals to her heart.


Autor: desconhecido

sexta-feira, maio 18

Apenas, estar presente...


O natural está certo.
O fácil está certo.
Sermos nós próprios está certo.
Sermos nós próprios é tudo o que realmente podemos ser.
Qualquer outra coisa é sair do caminho.

Bhagwan Shree Rajneesh


De acordo com o Zendo, uma das práticas de treino para que a pessoa perca o medo do abandono, é a do porteiro. Esta prática consiste em a pessoa ficar à porta do Zendo, quieto e sem obstruir a passagem. Esta pessoa não está ali para agradar ninguém, mas para ajudar no caso de alguém necessitar, no caso de alguém pretender arrumar um casaco, ou algo semelhante, o porteiro então poderá ajudar essa pessoa, caso contrário, nem sequer profere uma palavra e permanece com os olhos baixos, podendo esboçar um sorriso de vez em quando.

Ao estar ali, não afirma a sua personalidade, não exige a quem entra, simplesmente se limita a estar ali, indicando a quem entra que não está só.
Esta atitude também diz a quem entra que não precisa de representar nenhum papel para ser bem-vinda. Pode entrar e ser exactamente o que é.
Muitas pessoas fazem tudo para agradar o outro, tratam de tudo, predispõem-se a tudo, tentam antecipar o humor e as necessidades do outro, acabando por deixá-lo pouco à vontade, e tudo para quê? Pois... para evitar que o outro se vá embora. Esta busca intensa de atenção e de aprovação por parte dos outros alimenta cada um dos seus actos. E como vivem tão focados no outro por medo de não serem amados, acabam por se tornar, em vez de porteiros, os capachos da entrada.

Nesta atitude de procura de agrado ao outro, acabam por perder a sua própria identidade, deixam de saber quem são, e às tantas já nem sequer sabem o que podem oferecer de si próprios, porque já não são eles próprios, mas sim uma imagem do outro.

E nos relacionamentos? Como entramos? Será que estamos a entrar num espaço sem sermos bem-vindos? Será que está alguém à porta à nossa espera? Será que a pessoa está pronta? Será que é o momento certo? E a pessoa, exige-nos algum comportamento, ou temos espaço para ser quem somos?

Ao desempenharmos o papel de porteiros as nossas ilusões acerca de nós próprios tornam-se mais claras. Começamos a entender o que nos incomoda, e porque nos incomoda. E o facto de nos limitarmos a fazer o nosso trabalho, o de sermos porteiros, e de não estarmos a agir com base nos nossos sentimentos, faz com que os sentimentos dolorosos cheguem e logo partam. E porquê? Porque acabamos por aprender a estar connosco próprios. Porque aquilo que somos é suficiente.

De que nos serve contorcer-nos e retorcer-nos em forma de biscoito para agradar os desejos e a forma de estar do outro, se acabamos por deixar de ser nós próprios, e este esquecimento não cria uma base de sustentação a longo prazo para nenhum relacionamento. Até porque ninguém tem o direito de ser a causa da solidão do outro.

Sejamos então nós próprios e aceitemos que só está na nossa vida quem tem que estar e enquanto estiver amemos esse ser em profundo amor, dure o tempo que durar.


Paz e muito amor para saber aceitar as circunstâncias que a vida nos oferece.


Onda Encantada

segunda-feira, maio 14

Em Cada Dia...

Foto: Onda Encantada


Em cada dia...

Provenientes do ventre da Mãe

estão em gestação
no meu coração
embriões energéticos,
sementes de luz
feitos do
Amor Maior.

E quando estiverem formados
irei distribuí-los
E quem estiver
em sintonia
irá recebê-los.

Em cada dia...


Onda Encantada

terça-feira, maio 8

Libertação


A humanidade tem vindo através dos tempos em busca de algo para além do bem estar material, de uma verdade, de uma realidade, algo imperturbável pela própria sociedade.

A eterna pergunta acerca da finalidade da vida, assola as mentes que olham à volta e presenciam a confusão permanente das guerras, fomes, diferentes ideologias, religiões e lhes frustra o vislumbre de um futuro mais risonho.

Foi com base nesta pergunta e nesta frustração que se criou aquilo a que se chama fé, seja num ideal, num guru, num milagre de salvação, mas que irremediavelmente continua a gerar a violência.

Apesar disto, estabeleceram-se códigos de conduta, qualquer que seja a sociedade a que pertençamos, regemo-nos por padrões incutidos sobre o que é certo ou errado e tornamo-nos autómatos nos pensamentos, nas reacções, nos relacionamentos. Regemo-nos todos pelas mesmas regras e desgraçado daquele que ousar ser diferente.

As ideologias também incutidas trouxeram palavras para nos fazerem acreditar que o caminho é por ali, é naquelas palavras que, aquela igreja, aquele culto, aquela seita, aquele guru proferem que temos que seguir. E nós, seres humanos, limitamo-nos a seguir estas palavras, a viver vidas vazias, a ser manipulados pelas tendências externas, pelos ambientes, pelas outras pessoas. Nem sequer conseguimos ter uma ponta de originalidade em qualquer coisa que criemos.

Muitas destas ideologias asseguram-nos que a obediência a estes padrões, ao controlo dos nossos desejos, aliás, à castração dos nossos desejos, dos nossos impulsos sexuais e de qualquer prazer que daí obtenhamos, torturando a nossa própria natureza, nos fará alcançar o céu, o paraíso ou caso contrário o inferno... Enfim...

Por isto, o mundo aceita e segue o caminho tradicional. E não se apercebe que esta é a razão principal da confusão existente dentro de si próprio, a busca da verdade prometida por outros, seguindo o garante de uma vida espiritual confortável e com pouco esforço. Ora vejamos, temos consciência que rejeitamos as ditaduras políticas e às tiranias, no fundo aceitamos esta autoridade e, inclusive, permitimos que nos deforme a nossa mente e a nossa própria vida. Por outro lado, se rejeitarmos a autoridade espiritual, cerimónias, dogmas, acabamos por nos encontrar sozinhos e em conflito com a sociedade (somos diferentes).

Aqui, com esta rejeição, e com consciência, com o sentimento de que esta era uma possibilidade imatura para se poder acompanhar, acabamos por conseguir libertar-nos do medo e passarmos a ser livres, com a consciência porém da perturbação que criaremos à nossa volta e mesmo dentro de nós, mas com a certeza de estarmos livres da teia em que estávamos enredados. Aqui aprendemos que não precisamos de buscar. Aprendemos que se buscamos, é porque estamos do lado de fora, de quem olha para uma montra. Quando começamos a entendermo-nos a compreendermo-nos começamos a ganhar sabedoria.

E, agora, continuamos a olhar para a sociedade em que vivemos e questionamo-nos sobre o que podemos fazer para mudar alguma coisa, começamos a ter consciência de que somos responsáveis pelo que se passa. Apercebemo-nos que o nosso mundo, a nossa vida feita de construções materiais, lutas aguerridas pela competição, pela necessidade de ser o melhor, a posição, o prestígio obtidos, representam agora mais uma dificuldade. Temos medo de abdicar disto, por outro lado já nada faz o mesmo sentido, temos medo do que temos e temos medo do que não temos, porque não conhecemos.

Aqui começa a nossa verdadeira mudança, deixamos de depender de outros, entendemos que já não nos baseamos numa autoridade. Verificamos que já só existimos nós, as nossas relações com os outros, e nada mais. E uma vez mais percebemos quão responsáveis somos pelo mundo, pela nossa própria vida, pelo que pensamos, pelo que sentimos, pelos relacionamentos que temos, pela forma como agimos, e desaparece a autocompaixão. Já não culpamos mais os outros pelos actos proferidos, já não os culpamos tentando descartar-nos da culpa, da nossa própria culpa, da nossa própria responsabilidade.

Então apercebemos do seguinte, ao observar o que se passa na nossa vida interior, e exteriormente, começamos a tomar consciência de que o mundo da mente em que vivemos e que separa o nosso interior com o nosso exterior é só um fragmento da existência e quando consideramos que o processo interno e externo, são um só e indissociáveis pois constituem um processo unitário, e rodam num movimento integral; e que o mundo interior se expressa exteriormente e o movimento exterior, reage ao interior. E aqui, perdemos o medo errar, de agir incorrectamente, de que as escolhas que fazemos nos servem para crescer, então transformamo-nos.

Ficamos a sós connosco próprios, já não contamos com a ajuda de gurus, de mestres ou daqueles que toda a vida nos zuniram aos ouvidos, na verdade não contamos com ninguém. Ganhamos a liberdade e esta não pode fazer nada errado, porque esta é o contrário da revolta, daquilo que sempre sentimos, da prisão de movimentos e pensamentos. Não existe o agir correcta ou incorrectamente. É na liberdade do nosso próprio centro que começamos a agir. Não há medo e o coração sem medo é capaz de infinito amor. E o amor pode fazer o que quer.

Temos então que aprender a conhecermo-nos de acordo com nós próprios, não de acordo com os pensamentos de outros, ou passaremos a conhecer os outros. Olhar para dentro e conhecermo-nos realmente.

E quando percebemos que não podemos depender de ninguém externo a nós próprios para que nos consigamos transformar, começamos a debater-nos com a nossa própria autoridade interior, todos os dogmas que criámos, todas as barreiras que levantámos, as nossas experiências acumuladas (desta e de outras vidas anteriores), conhecimentos, ideais. Tudo começa a desmoronar-se, e porquê? Porque já entendemos, ou começamos a entender que o que se passou ontem já foi, já não serve, porque somos entidades vivas num movimento contínuo, e se permanecermos agarrados a ontem, jamais conseguiremos compreender, e sequer olhar para o movimento vivo da vida, para natureza e beleza desse movimento que nos é mostrado em cada momento.

Quando nos livramos da nossa própria autoridade, começamos a morrer para todas as coisas de ontem – libertando a nossa mente, ela rejuvenesce, e torna-se mais inocente, cheia de vigor e, paixão. Só assim aprendemos e observamos e tomamos conhecimento de quem somos realmente.

E ao iniciar esta nova caminhada, fá-lo como se nada soubesses, esquece todas as ideias que tinhas àcerca de ti próprio. E caminha.
E em cada passo experiencía o que se te for deparando pelo caminho, sem te apegares, sem criares expectativas sobre o que isso te trará no passo seguinte, quer isso seja uma coisa ou uma pessoa. Limita-te a viver cada passo como se fosse o último que desses.
E sente a leveza com que passas a caminhar...
E mesmo que já estejas no caminho, é sempre bom lembrar!


Muita paz e Amor no silêncio do coração.
Onda Encantada

terça-feira, maio 1

The Return to Zero Point

Porque estamos a sentir tantas mudanças?
Porque parece o tempo cronológico avançar cada vez mais depressa?
Porque mudam os relacionamentos?
O que podemos esperar destas mudanças, de nos vermos a mudar e os outros à nossa volta não?
A que se devem estas mudanças?

A busca da compreensão à luz da ciência por Gregg Braden.










Selos

EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR...
Cada passo do meu caminho para poder partilhá-lo contigo.