quinta-feira, agosto 31

O Mel



"O mel, néctar de Afrodite, dourado tesouro da terra, resultado da alma das flores e do trabalho das abelhas, serviu para adoçar a vida muito antes da descoberta do açúcar. O seu sabor e aroma dependem das flores onde as aladas obreiras o libaram. A sua reputação como afrodisíaco é extensa: os noivos vão de "lua-de-mel" e em muitas culturas faz parte da cerimónia e da boda matrimonial. O alto conteúdo de vitamina B, C e sais minerais do pólen estimula a produção de hormonas sexuais. Reaviva instantaneamente os amantes esgotados, porque o corpo absorve-o num tempo mínimo. Avicena, o célebre médico árabe, recomendava mel com gengibre para a impotência. Utilizava-se para fazer doces sensuais, misturado com nozes, coco, leite de camelo ou de cabra, ovos, especiarias, etc. Supõe-se que a saliva das belas houris do paraíso de Alá, assim como as secreções femininas durante certos dias do ciclo menstrual, sabem a mel. Átila, que acreditava piamente no seu poder estimulante, bebeu tanto hidromel no dia do seu casamento morreu de uma paragem cardíaca, para regozijo dos seus inimigos e, possivelmente, também da noiva. O rei Salomão canta à sua amada assim:

Os teus lábios, ó esposa, destilam mel virgem;
e o mel e o leite estão sob a tua lingua,
e o perfume dos teus vestidos é como o odor do incenso do Líbano.
- Cântico dos Cânticos 4:11

Se ainda não lhe ocorreu, aqui tem um dado: o mel morno sobre o corpo é bom para muitos jogos eróticos. Cleópatra fazia uma mistura de mel e amêndoas pulverizadas para tornar o seu corpo mais belo. Júlio César e Marco António engordaram a seu lado, não só por terem trocado a vida rude dos quartéis pelos lânguidos prazeres da corte egípcia, mas também por terem apanhado o gosto de lamber a sobremesa da taça íntima dessa sedutora raínha."


Ahhh! Fabuloso, não é? Digam lá, homens.... digam lá mulheres...

Digam de vossa justiça e pronúnciem-se sobre um prato assim apetitoso...

É praticado há tantos milhares de anos, porque não o fazem? É só uma questão de experimentar !!!

Excerto do livro Afrodite de Isabel Allende.

Amo este livro! :-)

quarta-feira, agosto 30

Quantas... Mas Quantas???


Quantas vezes nós pensamos em desistir, deixar de lado, o ideal e os sonhos.
Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça.
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir.
Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercado de pessoas.
Quantas vezes falamos, sem termos notados.
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida.
Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota .
Quantas vezes aquela lagrima, teima em cair, justamente na hora que precisamos parecer fortes.
Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz.


E a resposta vem, seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor.
E a gente insiste.
Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser.
E Deus insiste em nos abençoar, em nos mostrar o caminho, aquele mais difícil, mais complicado, mais bonito.
E a gente insiste em seguir, por ter uma missão, SER FELIZ.


Muita Paz, Muito Amor...

segunda-feira, agosto 28

Isolamento e Estar Só


PERGUNTA: Todos temos tido a experiência do isolamento, conhecemos suas tristezas e percebemos suas causas, suas raízes. Mas que é "estar só"? É diferente do isolamento?

KRISHNAMURTI: Isolamento é a dor, a agonia da solidão, o estado em que vós e eu, como entidades, não nos ajustamos a coisa alguma, - seja o grupo, a nação, a esposa, os filhos, o marido, vemo-nos segregados de todos os demais. Vós conheceis esse estado. Mas conheceis o "estar só"? Presumis que estais sós, mas estais realmente sós?
O "estar só" é diferente do isolamento, mas não podeis compreendê-lo, se não compreenderdes o isolamento. Conheceis o estado de isolamento? Vós o tendes observado sub-repticiamente, o tendes olhado com aversão. Para o conhecerdes bem, precisais entrar na sua intimidade, sem barreira alguma de permeio, sem conclusão, sem preconceito ou especulação; deveis chegar-vos com liberdade e não com temor. Para compreender o isolamento precisamos ir ao seu encontro sem nenhum sentimento de temor. Se nos chegamos, dizendo que já lhe conhecemos as causas, as raízes, não podemos compreendê-lo. Conheceis as raízes do isolamento? Só as conheceis teoricamente, do exterior. Conheceis a essência íntima do isolamento? Fazeis, apenas, uma descrição dela, mas a palavra não é a coisa, não é o real. Para o compreenderdes, tendes de chegar-vos sem nenhuma intenção de fuga. A simples idéia de fugir ao isolamento é em si uma forma de insuficiência interior. A maioria de nossas atividades não são evasões? Quando vos sentis só, ligais o rádio, executais pujas, sais em busca de gurus, conversais com amigos, ides ao cinema, às corridas, etc. Vossa vida de cada dia é um fugir de vós mesmos, e por isso todos os meios de fuga se tornam importantíssimos e competis uns com os outros por causa deles - quer se trate da bebida ou de Deus. A fuga é que constitui o problema, embora tenhamos diferentes maneiras de fugir. Podeis causar malefícios imensos, psicologicamente, com as vossas fugas respeitáveis, e eu sociologicamente, com minhas fugas mundanas; mas, para se compreender a solidão, todas as fugas devem cessar - não por meio de coerção, de compulsão, mas com o perceber a falsidade da fuga. Estais então em confronto direto com o que é, e aí começa o verdadeiro problema.

Que é o isolamento? Para o compreenderdes, não lhe deveis dar nome. O simples dar nome, a simples associação do pensamento com outras lembranças dele, acentuam mais ainda o isolamento. Experimentai-o, e vereis. Quando tiverdes desistido de fugir, vereis que, enquanto não compreenderdes o que é o isolamento, tudo o que fizerdes por sua causa é sempre um modo de fugir a ele. Só compreendendo o isolamento sois capaz de o transcender.

A questão do "estar só" é inteiramente diferente. Nunca estamos sós; estamos sempre em companhia de outras pessoas, a não ser, talvez, quando damos passeios solitários. Somos o resultado de um "processo" total, constituído de influências econômicas, sociais, climáticas, e outras; e enquanto vivermos sujeitos a tais influências, não estaremos sós.- Enquanto houver o "processo" da acumulação e da experiência, nunca será possível "estarmos sós". Podeis imaginar que estais só, quando vos isolais por meio de estreitas atividades individuais e pessoais; mas isso não é "estar só". Só é possível "estar só", quando não existem influência alguma. "Estar só" é ação que não é o resultado de uma reação, que não é uma resposta a desafio ou estímulo. O isolamento é um processo de exclusão, e nós procuramos o isolamento em todas as nossas relações, sendo esta a verdadeira essência do "eu" -meu trabalho, minha natureza, meu dever, minha propriedade, minhas relações. O próprio processo do pensamento, que é o resultado de todos os pensamentos e influências do homem, conduz ao isolamento. Compreender o isolamento não é um ato burguês; não podeis compreendê-lo enquanto houver em vós a dor daquela insuficiência não revelada que acompanha o sentimento de vazio e frustração. "Estar só" não é isolamento, e nem tampouco, o seu oposto; é um "estado de ser" em que há completa ausência da experiência e do conhecimento.


Krishnamurti - Madrasta, 5 de fevereiro de 1950
Do livro: Que estamos buscando?

domingo, agosto 27

Que será?



Sinto-me...

Longe de tudo...
... Perto de nada...
Aguardo então,
Pacientemente...
Pelo que estiver
para acontecer.

Quietude

Hoje...
Em virtude dos eventos... que há já algum tempo sentira que aconteceriam...
E que não mais me trouxeram a não ser quietude...
..., e neste sentido, só me ocorre transcrever este Ser, que tem sempre algo para mim...


Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlaçemos as mãos).

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.

Fernando Pessoa

terça-feira, agosto 22

Angel's Kiss



Vem e deixa que te beije
Sente o calor e o amor que tenho para te dar…
Não fujas desta emoção
Não partas sem o experimentar.

Fica mais um pouco
Deixa-me tentar
Ficar na inocência
Do primeiro beijo
Que tenho para te dar.

Não digas nada…
Cala e fica
Sente o abraço
De calor, de amor…
Sente só
O beijo que tenho
Para te dar.
Pax

O Poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorris
e minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.


Pablo Neruda


Pintura : The Wound of Love, 1897 by William Adolphe Bouguereau

segunda-feira, agosto 21

Sonhos



O que é a vida? Uma ilusão

um sombra, uma ficção.

Pois toda a vida é sonho

e os sonhos, sonhos são.




Caldéron de La Barca

Sobre o Beijo

O beijo deve ser sonoro. O seu som, leve e prolongado, eleva-se entre a lingua e o bordo húmido do céu da boca, produzido pelo movimento da lingua na boca e a deslocação da saliva provocada pela sucção.
Um beijo dado na superfície dos lábios e acompanhado por um som como o que fazemos para chamar um gato não dá qualquer prazer. Este beijo fica bem para as crianças, ou para as mãos. O beijo descrito antes, e que pertence à copulação, provoca uma voluptuosidade deliciosa. Cabe-te a ti aprender a diferença.

- De o Jardim das Delicias, traduzido para inglês por Sir Richard Burton, em 1886

:-)

Hoje apeteceu-me colocar um post, slightly different.

sexta-feira, agosto 18

Deixar Fluir


A 16.08.2006...
Doi-me o ouvido, os irmãos chamam-me...
Cá vou eu...
São 22.31, olho para o relógio à espera, e vou escrevendo, algo há-de surgir... aguardo, tranquilamente, as palavras que tiverem para me dizer.
Hoje é dia, dia 1, dia para o inicio de uma nova jornada.
Sem saber bem para onde ir, nem o que fazer deixo-me fluir nas ondas desta maré.
Eles chamam-me, eu vou...
Sem rumo, para parte incerta, deixo-me guiar ao sabor do Sopro da Vida, que sopra as velas deste barco em que sigo, que me empurra, pelas Águas Divinas onde só aí consigo fluir, onde o meu barco navega, ao sabor das ondas, onde refresco a face, onde bebo e transmuto.
Deixo-me seguir, transportar, navegar, fluir, boiar, pois sei que irei dar ao Paraíso, onde me poderei aquecer com o Fogo primordial, e nutrir com o Maná que o Sopro da Vida transporta.
Aqui serei mulher, filha de Deus Pai/Mãe, onde com todo o amor divino, serei capaz de despertar nos corações dos seres a sua capacidade infinita de amar, e entender que a sua vida só será vivida no paraíso quando souberem integrar em si os cinco elementos criados por Deus Pai/Mãe.
Aqui, retornada ao Paraíso, ao útero da mãe Lys, com todo o meu ser integrado serei uma sacerdotisa, portadora da paz, do amor e da cura.
Assim é.

quinta-feira, agosto 17

Presente de Cristal

Um dia recebi uma prenda de um Cristal ...

Após um fim-de-semana maravilhoso, de intenso trabalho em grupo, quando chego a casa tenho um quadro pintado pela minha filha, mais crescida.

Um quadro que retratou aquilo que estivéramos a fazer a cerca de 200km de distância, e em que este Cristal sintonizado connosco pintou.

Foi adaptado ao grupo que foi criado. Ao grupo que emergiu deste profundo trabalho...

Lindo!

Muito amor, muita paz!

quarta-feira, agosto 16

Circulo da Rosa


Hoje escrevo,
Para mim, para ti, para ti e para ti,
e ainda para ti…
São cinco…
Cinco vezes que cheiro o aroma da rosa

Esta flor bela, singela
Em cor e odor.
Poema, mulher, bela
E cheia de amor.

Se este verso
Seja em quadra, seja em prosa
Valesse muito mais do que aquilo que dou
Não valia a pena escrevê-lo
Porque não seria com todo o amor.

É ele dedicado ao círculo
Uma figura geométrica
Com polaridade feminina
Porque em circulo é o útero da mãe.
Porque o círculo é amor,
E cura…

A nós “Circulo da Rosa”
Parabéns pela existência,
Pela amizade,
Pela união,
Pela verdade.

Selos

EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR...
Cada passo do meu caminho para poder partilhá-lo contigo.