A borboleta bateu asas e voou.
Acima dela brilhava o Sol no zimbório azul celeste.
O seu casulo rompido jazia no chão, onde um dia ela fora lagarta.
E ela pensou: “Que transformação! Da prisão do casulo para a liberdade; de lagarta à borboleta, sem nem mesmo saber como ou por quê.
Do meu medo para a Luz!
Que Poder Maior é esse, capaz de operar tal transmutação?
Sem nome ou forma, Ele está em mim.
A Ele eu presto reverência.
A esse Amor, que ama sem nome, que mora em todos os corações.”
De maneira semelhante à borboleta, o doce Gandhi também bateu asas e voou.
Acima dele brilhava a estrela de Krishna no zimbório azul celeste.
O seu corpo magro jazia no chão, onde um dia ele fora indiano.
Mas ele era mais do que isso: era um cidadão do Universo, um avatar da Paz, que descera entre os homens para ensinar as artes da não-violência.
Com o seu corpo espiritual brilhando no éter, ele pensou: “Que transformação! Eu era lagarta pacífica; agora sou borboleta pacífica.
E Krishna está em mim!
Que sua luz ilumine toda humanidade nos caminhos da não-violência.”
Então, ele voou de volta para o seio daquele que o enviara entre os homens.
Ele voltou para o coração cósmico de Krishna, lar de todas as borboletas e homens que têm a coragem de deixar os casulos de suas limitações, para se transformarem em consciências felizes e lúcidas.
O Mahatma Gandhi estava em casa.
Oh, procurei, procurei... haverá mais palavras a acrescentar a este texto?
Pois... eu não tenho.
É fantástico! Conseguirmos deixar... abandonar... esquecer... o casulo das limitações, é mesmo!
E entendermos que somos, de facto, uns seres maravilhosos e criadores.
É quando estamos na nossa plenitude que entendemos que este Ainda é um Mundo Maravilhoso.
Muita paz e muito amor.