"O mel, néctar de Afrodite, dourado tesouro da terra, resultado da alma das flores e do trabalho das abelhas, serviu para adoçar a vida muito antes da descoberta do açúcar. O seu sabor e aroma dependem das flores onde as aladas obreiras o libaram. A sua reputação como afrodisíaco é extensa: os noivos vão de "lua-de-mel" e em muitas culturas faz parte da cerimónia e da boda matrimonial. O alto conteúdo de vitamina B, C e sais minerais do pólen estimula a produção de hormonas sexuais. Reaviva instantaneamente os amantes esgotados, porque o corpo absorve-o num tempo mínimo. Avicena, o célebre médico árabe, recomendava mel com gengibre para a impotência. Utilizava-se para fazer doces sensuais, misturado com nozes, coco, leite de camelo ou de cabra, ovos, especiarias, etc. Supõe-se que a saliva das belas houris do paraíso de Alá, assim como as secreções femininas durante certos dias do ciclo menstrual, sabem a mel. Átila, que acreditava piamente no seu poder estimulante, bebeu tanto hidromel no dia do seu casamento morreu de uma paragem cardíaca, para regozijo dos seus inimigos e, possivelmente, também da noiva. O rei Salomão canta à sua amada assim:
Os teus lábios, ó esposa, destilam mel virgem;
e o mel e o leite estão sob a tua lingua,
e o perfume dos teus vestidos é como o odor do incenso do Líbano.
e o mel e o leite estão sob a tua lingua,
e o perfume dos teus vestidos é como o odor do incenso do Líbano.
- Cântico dos Cânticos 4:11
Se ainda não lhe ocorreu, aqui tem um dado: o mel morno sobre
o corpo é bom para muitos jogos eróticos. Cleópatra fazia uma mistura de mel e amêndoas pulverizadas para tornar o seu corpo mais belo. Júlio César e Marco António engordaram a seu lado, não só por terem trocado a vida rude dos quartéis pelos lânguidos prazeres da corte egípcia, mas também por terem apanhado o gosto de lamber a sobremesa da taça íntima dessa sedutora raínha."
Ahhh! Fabuloso, não é? Digam lá, homens.... digam lá mulheres...
Digam de vossa justiça e pronúnciem-se sobre um prato assim apetitoso...
É praticado há tantos milhares de anos, porque não o fazem? É só uma questão de experimentar !!!
Excerto do livro Afrodite de Isabel Allende.
Amo este livro! :-)