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Portanto, se fores até ao altar para levares a tua oferta, e aí
te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa
a oferta diante do altar e vai primeiro fazer as pazes com o teu
irmão; depois volta para apresentar a oferta.
Jesus, Mateus 5:23-24 V.S.R
De que nos serve ofertar, de que nos serve dizermos que amamos o nosso parceiro(a), de que nos serve dizer que gostamos muito do nosso irmão, do pai, da mãe, de todos, quando nem sequer ainda nos perdoámos a nós próprios por actos, palavras erros cometidos ao longo desta vida, e de muitas outras em que cá andamos?
E se não nos perdoámos a nós próprios, como seremos nós capazes de perdoar o outro?
Porque há necessidade de haver perdão?
Porque houve ofensa?
Falta de respeito?
E porque houve tudo isto?
Porque primeiramente não nos soubemos respeitar a nós próprios.
Porque só saberemos respeitar os outros quando primeiramente nos conseguirmos respeitar a nós próprios.
E dizemos, quantas e quantas vezes, "Eu não lhe faltei ao respeito!", com o tom da indignação porque nos sentimos insultados, ofendidos.
Mas... e será que nos soubemos respeitar a nós próprios?
Será que a nossa ofensa não é para connosco mesmos?
Pronto, o erro está cometido, a palavra proferida, o desagrado instalado. E agora?
Agora resta-me perdoar-me por não me ter sabido respeitar e resta-me perdoar-me porque não soube amar-me o suficiente para me ter deixado entrar numa guerrinha de egos.
E agora?
Agora abraço-me, num abraço de profundo amor, com todo o respeito por mim mesmo, e verdadeiramente sentindo o perdão que devo ter por mim próprio.
E quando tiver conseguido isto?
Hum... que tal fazer o mesmo ao outro? Ao meu parceiro(a), ao meu amigo, ao meu irmão, ao meu pai, mãe, aos meus filhos.
Que tal abraçá-lo num abraço de profundo amor, respeitando-o, aceitando-o e perdoando-o?
Não há melhor do que um abraço.
É bom, envolvente, aconchegante, e quando os corações se sincronizam, então, ainda é melhor.
Deixo-vos um abraço destes.
E muita paz, também.