Hoje, publico um texto já algo antigo (de André Louro de Almeida), mas muito recente...
É tão recente que observo alguns destes "sintomas" em muita gente que me rodeia, sobretudo, aquelas que vivem a dita "espiritualidade" de uma forma mais vincada.
Continua-se a viver muito a espiritualidade na mente, é-se muito bom porque se faz muita meditação, porque se "vê" muita coisa, mas continua-se a não se aceitar e amar o próximo porque o julgamento continua a imperar e falar em viver o Agora, reside num qualquer canto recôndito do universo.
Enquanto o ser não se abandonar definitivamente ao seu coração, a referida espiritualidade, não passará de mais uma concepção egóica onde a mente comanda, dita, põe e dispõe...
Aqui vai.
Nota: Pela extensão do texto, vou divido-lo em dois ou três posts.Onda Encantada
OUVIR VER TOCAR SABER CALAR
19/3/2004
A evolução espiritual é a conquista de uma consciência mais objectiva, exacta, plena e profunda de si, ela não é apenas qualidades e virtudes, ela assenta numa redescoberta da identidade, o fim de um mito e o início de outro mito.
Existe uma etapa de chamamento em que a luz se adapta a nós, é como uma espécie de visita. De repente a vida fica iluminada, sente-se uma pressão espiritual de dentro para fora vinda do nada. A luz simplesmente se adapta a ti. Nesta etapa estão a entrar milhões de pessoas.
Na etapa a seguir a luz já não se adapta a ti. É quando, depois de meses ou anos de forte estímulo espiritual, um dia a pessoa tem a sensação de que se andou para trás, de que alguma coisa se perdeu, tem-se a sensação de ter havido um obscurecimento. Significa que a luz que te veio visitar se tornou exigente e ela recolheu-se para um outro plano porque ela está a pedir algumas mudanças.
Nesta segunda etapa, enquanto a pessoa não faz mudanças muito profundas, a luz torna-se rarefeita.
Há dois tipos de angústias: a de estar fora do caminho – sentida pela alma; e uma tremenda angústia por estar dentro do caminho – sentida pela parte exterior da personalidade (ego), porque ela sabe que, no momento em que entras a sério no caminho interno não há retorno.
Essa angústia está associada à dilatação das categorias da natureza do ser para a luz.
A angústia vem da pessoa sentir que as partes infantis do seu ser não podem continuar a imperar, é parecida com a angústia da criança cuja mãe a deixou na escola e vai embora – angústia de crescimento.
Isto tem a ver com o eixo astrológico Câncer/Capricórnio. É o impasse entre continuar associado às coisas familiares que estão na escala das nossas pequenas decisões ou a pessoa começar-se a associar progressivamente ao programa de resgate da Terra e começar a perceber que não pode continuar a ser infantil e essa angústia está em todos nós.
As pessoas que não a sentem é porque têm algumas ilusões sobre isto, porque o efeito de servofreio da energia superior impulsionante para cima é incompatível com os ângulos infantis do nosso ser, e se antes nós já tínhamos a maturidade para perceber onde éramos infantis, depois, quando a responsabilidade começa a descer, nós temos a luz para deixar de ser infantis.
A conexão com o programa de resgate da Terra, regido por Jesus, Michael, Enoch, Melchizedeque, etc., e a assunção da tarefa e o deixares-te transformar numa pena dessa ave que vai levantar a Terra inteira faz-se por uma depressão.
É através de uma depressão sagrada, quando tu estás sem saída, porque enquanto o indivíduo tem saída ele não deprime, enquanto o indivíduo tem mais um truque, ele mantém os hábitos ancestrais activados no inconsciente ou no semi consciente, tem todo o poder do passado do lado dele. São 5000 anos de história escrita a alimentar a fixação do homem no chão (inércia, estupidez, ignorância).
Esta primeira fase em que há um processo de chamamento e a luz se adapta a nós já ficou para trás e o primeiro sinal disso é que a luz se vai embora. Aqui tu mudas de plano, de nível, subiste um degrau. A luz já não se adapta a ti, és tu que tens que ir ao encontro dela.
No início a luz impregna-te totalmente e tu entras num estado de graça, depois essa luz retira-se para um outro plano e tu tens que começar a encontrar o caminho para ela. Há assuntos que vão ficando para trás como: deitar no lixo a agenda com os amigos da primeira fase. Esotericamente chama-se a esta fase – O DESERTO.
Na fase em que a luz vem ao nosso encontro tu tens O JARDIM e podem ser anos assim e um dia, a luz desaparece totalmente e tu não fizeste nada de errado só que mudou o método de instrução e é a luz que busca que tu te movas na direcção dela, alteres coisas e vivas uma transformação.
Na 3ª fase já estás bem dentro da aura de resgate e nem te deste conta. Aí a luz retorna com toda a força para te transformar completamente.
Depois do DESERTO a alma já pode comunicar à mónada que a lei da persistência, do silêncio, da coerência, da aspiração, foram cumpridas. Nesse momento a mónada despoleta o poder de transformação. Ficas outro ser.
Sem passarmos por estas três fases a qualidade do que tu podes transmitir ao mundo é muito limitada.
Quando se chega à 3ª fase tu percebes que coisas que dantes eram difíceis para transformar ou para fazer se tornam extremamente fáceis. Tu descobres que há uma transformação.
A câmara da ignorância é a escola da vida. Isto, de uma maneira geral, é onde a humanidade vive. A seguir a esta câmara de ignorância, existem os grupos internos. Todos os seres que respondem à vibração superior são admitidos num dos 12 grupos internos da Terra – as 12 Tribos de Israel.
As tribos de Israel não são, obviamente, nenhuma circunstância étnica ou antropológica judaica, elas são um código para os 12 grupos internos da Terra.
Vocês já não estão na câmara da ignorância nem na escola da vida, vocês foram ligados a um grupo interno.
Os grupos internos estimulam a luz da alma o que significa que, quando tu és integrado a um grupo interno, fazes parte de uma família. Este caminho dentro dos grupos demora uns anos. A pessoa tende para a luz, há um grande estímulo da alma, há uma luz que vem de dentro, há como que uma voz, e, ao fim de uns anos (e hoje em dia cada vez menos) acontece um cataclismo em ti. Quando tu percebes que não há nada na vida humana comum que possa atenuar a tua sede. Quanto tu estás no deserto a morrer de sede tu és admitido numa das 12 escolas de mistério da Terra. O Deserto serve para ficarmos com sede.
A Lei não tem a mínima necessidade de te colocar às portas de uma escola de mistério enquanto tu “estás fazendo turismo”. Enquanto eu consigo adornar a minha vida eu estou numa escola psicológica mas, dentro de uns meses, as portas das escolas de mistério vão voltar a abrir. Elas sempre estiveram abertas mas dentro de tradições muito estritas (Sufis, Egípcias, Rosacrucianas).
Vocês têm estado no “deserto”, uns mais outros menos. É uma circunstância na qual uma luz vai e vem, de repente parece que se vai embora completamente e não se vê mais nada, é um processo intermitente. Isso é o método através do qual a ligação da alma a um grupo interno é fortalecida.
Daqui a uns meses, um ano, Eles vão abrir de novo a passagem de milhares e milhares de indivíduos do nível dos grupos internos para o nível das escolas internas. A diferença é que não é a personalidade que entra nas escolas mas a alma, porque cá fora, tu continuas a descascar cenouras.
O que as escolas internas fazem é ajudar a alma a ver a suprema realidade, ou as muito altas e belas ilusões. A alma tem que aprender a distinguir, dentro de um mar de luz (que é onde ela vive) um fio de luz maior que é o veio magnético que a liga à sua hierarquia. É estar na aura de um Mestre Ascenso. Há uma fusão da tua aura individual com a aura de uma hierarquia.
A alma é um psicólogo, ela constantemente harmoniza a nossa vida.
A partir do momento em que és integrado a uma escola de mistério já é a alma que começa a caminhar e, na fase mais avançada da integração às irmandades cósmicas – 3º nível do trabalho – aí é a mónada que é integrada.
– Escolas da vida ou câmara da ignorância.
– Câmara da sabedoria.
– Iniciação nas escolas de mistério.
– Irmandades cósmicas.
Estas grandes naves que estimulam o crescimento da aura de resgate na Terra não lidam nem com a alma nem com a personalidade. As naves, que são modeladores interdimensionais de alta frequência pilotadas por consciências crísticas, são embaixadas das Irmandades Cósmicas onde entra a mónada. Os centros intraterrenos são embaixadas das escolas de mistério onde entra a alma.
Os grupos internos são vórtices magnéticos de aglutinação de milhares de indivíduos e quem entra nestes grupos é a consciência do indivíduo.
Isto pode ser descrito através da expressão: “Ouvir, Ver, Tocar, Saber, Calar”.
Nós começamos no nível de Ouvir, depois passamos para o de Ver, depois para o de Tocar, depois para o de Saber e, finalmente, desaguamos para o nível de Calar.
Visualiza a tua mónada como uma estrela fulgurante, ela é a síntese da identidade.
Quanto mais tu mesmo te vais tornando, menos tu consegues dizer que és e mais descobres que o mistério de si equivale ao mistério do divino.
Este Ouvir, Ver, Tocar, Saber e Calar são chaves esotéricas muito, muito profundas.
Na fase de Ouvir é quando os seres humanos percebem que existe algo que os está a chamar. Ele ouve, dentro de si, um chamado. Ele percebe que mais dele está a chamar menos dele. É o efeito de ampulheta.
Esta fase de Ouvir é quando a estrela já está presente mas não a consegues ver. Esta é a fase onde milhões de indivíduos estão a entrar neste momento. Serão 1 a 2 biliões. Eles dizem que ligaram os corredores principais e, portanto, à medida que os poucos altos iniciados que estão encarnados na Terra se aproximam das comportas centrais da aura de resgate para assumir a sua função, os discípulos iniciados estão avançando um degrau e, todos nós que somos discípulos, começamos a sentir, claramente, que algo tem que mudar na vida, definitivamente, e a humanidade como um todo desperta – OUVIR.
De repente, onde não estava nada, os seres começam a sentir um chamamento. A estrela invisível começou a fazer-se percepcionar.
Ouvir é quando um ser não se importa que o mecânico do automóvel tenha levado mais 3 horas do que ele disse que levava para arranjar o carro e tu ficas ali à espera. É quando tu interpretas o que é velocidade e produtividade, e quando tu aprendes a desacelerar para ouvir.
Esta é a fase do sair da câmara da ignorância e começar a ser tocado pela porta do grupo interno. É uma consciência de direcção imergente.
(continua aqui)