segunda-feira, julho 3

Tarte de Framboesa


Para o ursinho Winnie the Pooh, as palavras ‘Tarte de framboesa’ querem dizer Natureza interna.

Retomando um pouco do texto:
“Qualquer pergunta, a resposta que leva
É ‘natureza interna’.

Qualquer pergunta, a resposta que leva
É ‘as coisas são como são’.


Agora que sabemos o princípio, podemos olhar para as suas aplicações. Tal como já devemos ter percebido por esta altura, não há dois flocos de neve, duas árvores ou dois animais que sejam iguais. Não há duas pessoas que sejam iguais. Tudo tem a sua própria Natureza Interior.

No entanto, ao contrário de outras formas de vida, as pessoas são facilmente afastadas do que está certo para elas, porque têm Miolos podem ser enganados. A Natureza Interior, quando se conta com ela, não pode ser enganada. Mas muitas pessoas não olham para ela nem a ouvem, e consequentemente não se percebem muito bem a si próprias. Percebendo-se pouco a si próprias, têm pouco respeito por si próprias, e portanto são facilmente influenciadas pelos outros.

Mas em vez de sermos levados pelas circunstâncias e manipulados pelos outros que vêem as fraquezas e tendências de comportamento que nós ignoramos, podemos trabalhar as nossas próprias características e tomar o controle das nossas próprias vidas. O caminho da Autoconfiança começa com o reconhecimento de quem somos, daquilo com que podemos trabalhar, e daquilo que funciona melhor connosco.
…”

E o Pooh canta uma canção inventada por ele.

“…
Como podes caminhar pelos teus pés,
Se nem sequer sabes Quem És?
Como podes agir bem aqui e ali,
Se não sabes O Que Tens Dentro de Ti?
E se não sabes Qual Deves Fazer,
De entre todas as coisas que podes escolher,
Então vais com certeza acabar mal
Numa grande confusão, sem nenhum sinal
De todo o bem que será real
Se souberes Quem e O Quê e Qual
.



Mais cedo ou mais tarde, acabamos por descobrir em nós coisas de que não gostamos. Mas uma vez que sabemos que estão lá, podemos decidir o que queremos fazer com elas. Queremos desfazer-nos completamente delas, transformá-las noutras coisas, ou usá-las de forma benéfica?
As duas últimas abordagens costumam ser especialmente úteis, já que evitam os choques frontais, e por isso minimizam o combate. Além disso, permitem que as características transformadas se juntem à lista de coisas com que podemos contar para nos ajudarem.

Da mesma forma, em vez de combater para eliminar aquilo a que chamamos emoções negativas, podemos aprender a usá-las de formas positivas. Podemos descrever este princípio da seguinte maneira: apesar de martelar as teclas do piano provocar barulho, removê-las não melhora propriamente a criação da música. Os princípios da Música e da Vida não são assim tão diferentes, achamos nós.



Por isso, muitas vezes, a maneira mais fácil de nos desfazermos de um Menos é transformando-o num Mais.
Por vezes podemos descobrir que as características que tentamos eliminar à força acabam por regressar de alguma forma.



Na história do Patinho Feio, quando é que o Patinho Feio deixou de se sentir feio? Quando percebeu que era um Cisne. Cada um de nós tem algo de Especial, assim uma espécie de Cisne, algures dentro de si. Mas até reconhecermos que está lá, que mais podemos fazer para além de nos mantermos à tona de água? Os Sábios são Aqueles Que São. Trabalham com o que têm e fazem aquilo que podem fazer.

Há coisas em nós próprios das quais nos temos que desfazer; e há coisas que temos que mudar. Mas apesar disso, não precisamos de nos tornar demasiado desesperados, demasiado impiedosos, demasiado combativos.

Ao longo do caminho para a felicidade e a utilidade, muitas dessas coisas mudarão por si próprias, e com as outras podemos ir trabalhando enquanto caminhamos. A primeira coisa que temos de fazer é reconhecer e confiar na nossa Natureza Interior, e não a perder de vista. Porque dentro do Patinho Feio há um Cisne, … dentro de cada um de nós há algo Especial, que temos que manter. "
Excerto extraído do livro O Tao do Pooh de Benjamin Hoff

Vou continuar a 'postar' excertos deste livro. Gosto tanto dele e é tão rico que em cada frase temos um ensinamento. Para além do divertimento dos diálogos que os animais, que figuram com o ursinho, proporcionam.

Vale a pena ler este livro e lê-lo e relê-lo. Cada vez que o lemos aprendemos coisas novas.

Muita paz

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Selos

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