St. James Park.
Onde a vida, dá côr à própria vida.
Onde a vida concorre com outras vidas por um pouco de comida e calor, neste inicio de outono, já bastante frio.
Há que racionar o alimento, e escondê-lo para que no Inverno frio, que se faz anunciar, possa ter com que me aquecer.
Observo a natureza, as pessoas, os meus passos.
Ouço-me e ouço-os...
Em grupos de dois...
Conversam, riem-se, pensam, calam-se. E ficam.
Param, sentam-se e ouvem a voz do silêncio.
Pairam no ar, ali, em comunhão com a mãe natureza.
E eu sinto...
Continuo a sentir estas emoções, a ouvir estas conversas.
Sós, e que param, num momento de descanso, e olham para o céu.
E eu... prescuto o pensamento deles, as suas emoções, as suas alegrias, e angústias.
E, aqui parada, neste verde abundante, olho à volta e percebo que na agitação, na pressa e na calma, somos todos um. Todos filhos do Universo. Todos provenientes do mesmo Pai.
E, nisto, enquanto olho à volta, neste dia cinzento, frio e a ameaçar chuva a qualquer momento, um destes filhos do Universo aproxima-se e diz "You have to pay for using the chair".
Peço desculpa e, agora, de cócoras, termino de escrever aquilo que comecei.
Dir-se-ía que entendeu que eu estava a ouvir os pensamentos e as conversas alheias e que isso, não me era permitido.
Pois então, sigo a minha jornada.
Farwell caro guardador de cadeiras e pensamentos alheios.
Todas as fotos tiradas em Londres. Por mim.
1 comentário:
Estive em St. James em Abril de 2005. E em São Miguel (Açores)no mês de Junho seguinte. O que me levou a ir a estes dois locais? Não sei se é necessário questionar.
Mas ao ler este teu post senti o mesmo que descreves: a natureza nestes locais é tão presente, tão avassaladora que nos faz sentir "merging", em fusão...
Até breve.
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