quinta-feira, outubro 5

Saudades, talvez e porque não?

Dir-se-ía que esta minha aprendizagem do desapego, afinal não tem sido tão crítica quanto eu julgava que podia ser. Consegui surpreender-me a mim mesma.
Parecerá egoísmo, falta de amor? Não. Claramente, não é nada disso.
É mesmo conseguir amar sem depender. É conseguir estar só sem me sentir sozinha, sem sentir solidão.
Em nenhum momento senti solidão.
Quererá isto dizer que o meu ser está pleno, completo e tão cheio de amor próprio e auto-estima que não sinto necessidade de uma companhia que me preencha as minhas lacunas?
Creio que sim.
Dos que deixei em casa, deixei o meu amor, o qual emito diariamente, com imensa tranquilidade. Mas saudades, saudades, daquelas que deixam as pessoas profundamente tristes, melancólicas, e todo o tipo de sentimentos infelizes, e que demonstram na verdade, uma solidão, um vazio interior, dessas não tenho.
Pelo contrário, sinto-me feliz, por saber que o mundo não pára sem mim. E que mesmo eu não estando, a vida decorre normalmente.
Estou feliz. Estou plena. Sinto-me alinhada.

5 comentários:

Clotilde S. disse...

Gostei muito do tema do teu blogue. Vou voltar se assim mo permitires.

beijinho

Olga Correia disse...

Aprendizagem do desapego...
Amar sem depender...
Um tema sempre actual. Um objectivo sempre a perseguir.
E se mesmo sentindo-nos bem sozinha(o)s não conseguirmos evitar uma certa saudade, será que ainda não temos suficiente amor por nós?
:)

Onda Encantada disse...

Querida Canela_e_Jasmim,
A porta está aberta... Por favor, entra, agora e sempre que te apetecer.

Um abraço grande

Olga,
Creio que sim, conseguimos ter amor suficente por nós próprios. Desde que a saudade não seja com dor (entendes o que quero dizer?).
Não sinto saudades porque estou sozinha, não sinto falta porque estou sozinha.
Recordo, e amo. Eu Sou e também me amo.
Tudo está bem.
Assim é.

Um abraço.

Magda Moita disse...

As vezes sinto saudades, mas não dessas que demonstram na verdade, uma solidão, um vazio interior, dessas também não tenho.
Tenho lembranças de pessoas ou coisas distantes ou extintas, mas esse sentimento, quando me encontro no centro e em pleno em mim, é agradável e de sorriso nos lábios. Se uma lágrima corre é de alegria por esses bons momentos passados e não reflexo de desejo, de repetição.
Há poucos dias discutia com um grande amigo o sentimento a que se chama saudade, e parece que é sempre associado a algo sofrido, triste e desolador. Será que tem de forçosamente ser assim? Que outro nome se poderia dar ao recordar sem apego?

Gostei muito do teu texto!

Beijinhos

Magda

Onda Encantada disse...

Magda,
É mesmo verdade! Esta aprendizagem é maravilhosa, e é fantástico conseguirmo-nos lembrar daqueles que passaram pela nossa vida, ou que ainda lá estão, sem dôr, se mágoa, sem saudade dorida.
Com um simples sorriso nos lábios.
É bom!

Beijinhos

Selos

EU SOU LUZ E QUERO ILUMINAR...
Cada passo do meu caminho para poder partilhá-lo contigo.